A tarde estava caindo e de repente o ocaso rompe o silêncio
de nossas vidas. A ferida estava lá, dentro do seio, que a tantos veio e da
vida somente tinha pra dar. Viveu, como se vive, peregrina, cumprindo, caminhando,
no seu mundo de dar, mesmo sem receber. Cumpria seu dever!
O medico,
que não tinha o remédio, se pôs a pensar:
- Que remédio vou dar, se de nada sei estar, se nada posso
ver.
O Medico, dono da vida, que sabia das mentes sofridas, dos
momentos de anseios, dos meios, colocou na sua vida o medico que sabia do dar. Sabia
do prazer de curar. Sabia da beleza, da natureza, do comungar. E o Medico, que
cura, rompeu o silêncio, o ocaso da vida e com sabedoria incontida, fez a aurora
chegar. Aurora que iluminou e que agora, explode de dentro pra fora, e a faz
mais bela que outrora. É um amanhecer especial que transforma e dá nova forma
a vida abençoada de quem só ofereceu amor.
E assim
termina essa história, que componho agora, sem saber como terminar, porque o
Medico da vida, dono da felicidade, volta e meia invade, cá dentro, o nosso
lar.
Alvaro de Oliveira
Fortaleza, 30/06/2012