Em
nome de Deus os homens estão matando seus filhos, exterminando seus irmãos,
tomando, saqueando, destruindo.
A
loucura toma conta e a agressão desponta como se fosse defesa, sem medida, sem
respeito aos direitos, sem olhos aos horizontes.
O
mundo não só está morrendo de fome, está sem nome, morrendo sem conhecer a paz.
Na guerra os novos donos do trono, transformam a terra num rio de sangue,
sangue de inocentes, no solo mãe pátria, sem chão. Guerra pelo poder, guerra
pelo dinheiro, guerra de traficantes, terroristas, dementes, signatários de
pactos com o mal, estão deixando a terra em combustão, em total desintegração.
É a dignidade roubada, sem licença, sem perdão, sem querer saber quantos vão
morrer, tomados pela força, explodindo bombas humanas. Pobre coração que chora
seus filhos vitimas da podridão que mata em nome de Deus!
Que
governo detém sua soberania frente ao poder bélico que se expande e transforma
medíocres em maquinas de destruição?
Ontem
foi o povo do Afeganistão, depois o povo do Iraque, amanhã quantos serão? Quem
sabe seremos nós, brasileiros, “quase
donos” do único pulmão que agoniza ante a sanha dos predadores da natureza.
Nossa
Amazônia! Já tida no exterior como patrimônio da humanidade. Até quando será
nossa? Ou será que já não é mais? Se já entregamos outros patrimônios vitais a
segurança nacional, se já perdemos o controle das telecomunicações, da energia,
dos bancos, com certeza já existe algum papel preparando, digerido e defecado,
declarando unilateralmente: Convocamos os brasileiros residentes na Amazônia a
desocuparem imediatamente esta área, pois ela será ocupada, em nome de Deus,
por estrangeiros, para o bem de todos e felicidade geral da nação!
Materializaram
Deus!
Alvaro de Oliveira
Orlando, 29/03/2012
Esta Crônica escrevi em 11/09/2001