Fotografia: Alvaro de Oliveira
Avenida Barão de Studart antiga
Lavandeira
Hoje eu
acordei com um sol maravilhoso. Um céu belíssimo. Dignos de um feriado de
Corpus Christi.
Podia, sim, louvar a Deus pela criação!
De repente uma Lavandeira
cruza o meu caminho e me remete a meus tempos de infância na rua Silva Jataí.
Na minha casa, elas faziam ninho no pé de pitombeira que tinha no quintal.
Era tudo tão natural! A natureza era exuberante e nós víamos da varanda toda a orla marítima do início da avenida Barão de Studart.
Era tudo tão natural! A natureza era exuberante e nós víamos da varanda toda a orla marítima do início da avenida Barão de Studart.
Nesta praia eu vivi minha infância
mais bonita. Ali eu jogava bola, nadava, pegava carretilha (jacaré), vivia
minha inocência.
Hoje eu moro há uma quadra do mesmo lugar.
Hoje o sol continuava belíssimo como
o de outrora. O céu estava belíssimo como o de outrora. Hoje, com o mesmo
olhar, com este dia maravilhoso, eu buscava os mesmos encantamentos de outrora,
na Lavandeira que cruzou meu caminhar.
Quanta decepção no olhar!
Minha mente, inesperadamente,
recebeu um choque do progresso. Aquela esquina, outrora linda, foi dilacerada, destruída.
O mesmo progresso, que rouba toda a biodiversidade no mundo global, devastou toda
a natureza e assassinou a beleza da minha praia.
Meu encanto de infância foi destruído.
Clamei socorro ao Jesus criador presente em corpo e sangue na minha eucaristia.
Meu
coração chorou diante de tanta agressão!
Avenida Barão de Studart antiga
Foto de Nirez
Lavandeira
Alvaro de Oliveira
Fortaleza, 07/06/2012
Que postagem maravilhosamente sensível e linda!!!! Me emocionei em cada palavra...muito bela crônica!
ResponderExcluirTemo o q será do amanhã...
Obrigado filha! Você é especialmente sensível e artista inesgotável...seu comentário me deixa emocionado!
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