Olhei pro céu e vi as estrelas!
Um manto negro, estrelado,
insondável, infinito, a imagem da eternidade.
Tentei contá-las, impossível!
Incansável, me cansei e pensei na estrada que se alongava até
o horizonte perdida na escuridão da noite. Somente a Lua ponteava a superfície
lisa dos cactos na caatinga estéril.
Noite de lua é noite de céu limpo. Noite de Lua cheia é noite de caminho claro, de buscas, de abalos e sons discretos no mato. De calango
que passa, mexendo com as folhas de cajueiro, secas, perdidas no chão. De corujinha
que passeia em busca de caça, desgraça dos besourinhos, equilíbrio da natureza.
Abro meus braços e entro em prece. Umas infinidades de
estrelas perecem, outras parecem olhos que perscrutam minha alma; acalma meu
ser.
Acalmo!
Vejo a infinidade de estrelas e imagino o que se passa em cada uma
delas.
Será que mentes, nestas gotas de cristal, também estão a
pensar em mim?
Alvaro de Oliveira
Fortaleza, 03/03/2013
Alvaro de Oliveira
Fortaleza, 03/03/2013
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